segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A SEGUNDA VIAGEM

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O acolhimento demasiadamente afável inspirou temor entre os irmãos de José

            Levaram, pois os presentes e o dobro do dinheiro e partiram para o Egito em companhia de Benjamin. Assim que chegaram foram introduzidos onde estava José. Quando José viu que haviam trazido Benjamin, disse ao seu assistente:
– Conduze essas pessoas para minha casa, abate uma rês, pois pretendo retê-los para almoçarem.
            Os irmãos, entre eles diziam:
– É por causa do dinheiro esquecido nos sacos que nos trouxeram aqui. Vão nos prender, nos obrigar à escravidão e confiscar os nossos animais. Na estrada da casa abordaram o assistente de José para uma explicação:
– Senhor, disseram eles, –foi unicamente para comprar víveres que viemos na última vez. Ao voltar encontramos o dinheiro em nossos sacos. Trouxemos soma igual e mais a que foi deixada em nossos sacos, para comprarmos outros víveres. Não sabemos que repôs o dinheiro em nossos sacos. O assistente afirmou:
– Não vos inquieteis, disse ele, –e não tenhais temor! É o vosso Deus, Deus de vosso pai, que repõe o dinheiro nos sacos. Bem que recebi o vosso dinheiro.
            Simeão foi libertado, juntou-se a eles e todos se foram introduzidos na casa de José. Prepararam os presentes e quando José chegou, ofertaram-lhe os mimos que haviam trazidos, pois sabiam que iam almoçar com ele.
            Assim que José chegou, recebeu as oferendas dos irmãos que se prostraram ao solo. Inquiriu da saúde de todos e perguntou:
– Como está o ancião vosso pai? Vive ainda? 
– Nosso pai, teu servo está ainda com vida e tem boa saúde, responderam inclinando-se respeitosamente.
            José lançou um olhar para Benjamin, filho de sua mãe e perguntou:
– É ele o irmão mais moço de que me falastes? Depois, dirigindo-se a ele, disse:
– Que Deus tenha misericórdia de ti, meu filho.
            Saiu precipitadamente, pois que a visão do irmão o havia emocionado até as lágrimas. Depois, lavou o rosto e retomando a sua calma, voltou e mandou que servissem a refeição.

           
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Serviram-no só, os irmãos à parte, e, separadamente os egípcios que comiam em casa dele, pois que os egípcios não podiam comer na mesma mesa que os hebreus; isso seria contrário aos hábitos. Os irmãos estavam colocados na frente de José em ordem de idade, desde o mais velho até o mais moço e trocavam olhares interrogadores. José fez com que lhes levasse porções do que comia; a porção de Benjamin era cinco vezes mais generosa do que a dos outros, no fim, voltou-lhes a serenidade e beberam e comeram com ele.

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