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José é o justo perseguido que Deus não abandona.
Acontecimentos providenciais fazem reconhecer a sua inocência. No século XVII,
antes de Jesus Cristo tornou-se ministro todo-poderoso de um rei do Egito. Sabe
perdoar e prepara a mercê dos seus.
As Provações
Jacó estava
agora instalado na terra de Canaã, onde seu pai vivera como um estrangeiro. Seu
filho José, de dezessete anos de idade, juntamente com seus irmãos, apascentava
os pequenos animais e contava ao pai os murmúrios pouco lisonjeiros que
circulavam a respeito deles. Jacó preferia José aos outros filhos, pois que ele
era o filho da sua velhice e lhe havia dado uma túnica de diversas cores.
Quando os
irmãos perceberam que José era o preferido, ficaram enciumados e começaram a
odiá-lo não lhe dirigindo uma palavra sequer. José teve um sonho que contou aos
irmãos e que aumentou ainda mais o ódio que tinham contra ele.
Ouçam
–disse ele –o sonho que tive. Estávamos todos num campo plantado e fazíamos
feixes. Eis que o meu feixe se ergueu e os seus se prostraram diante dele.
Eles então
responderam: Será que tens a pretensão de reinar sobre nós como um rei e nos
dominar como um superior? Mais ainda o odiaram, por seu sonho e suas palavras.
José teve
um outro sonho e contou-o também.
Sonhei,
–disse ele, que o sol, a lua e onze estrelas, se prostravam diante de mim...
Falou desse sonho ao seu pai, mas este o repreendeu dizendo: Que queres dizer
com teu sonho? Será que acreditas que eu, tua mãe e teus irmãos vamos
prostrar-nos na tua frente?
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Os Ciúmes dos Irmãos de José
Seus irmãos
lhe tinham ciúmes e o pai, intimamente, pensava nele. Um dia que seus irmãos
haviam levado miúdo para apascentar em Siquém, Jacó disse a José: Teus irmãos
estão nos pastos em Siquém. Vem, mandar-te-ei junto a eles.
Eis-me,
respondeu José.
Vai ver
–disse Jacó –se tudo está bem com os teus irmãos e o rebanho e traze-me
notícias. Um homem encontrou-o vagando pelo campo e lhe perguntou:
– O que procuras?
– Procuro meus irmãos, disse ele. Podes-me dizer onde
apascentam o rebanho?
–Saíram daqui, disse o homem, –e ouvi que diziam: Vamos para
Dotã.
Então José
recomeçou a andar e com efeito encontrou seus irmãos em Dotã. Já o haviam
avistado e antes que ele os alcançasse conspiraram para matá-lo. Entre eles
diziam:
–Eis o homem dos sonhos. Este é o momento: vamos matá-lo e
jogá-lo na cisterna. Diremos que um animal selvagem o devorou. Veremos então o
que queriam dizer seus sonhos. Só Rúben tentou salvá-lo.
–Não o matemos! disse ele.
–Não derramais sangue! Jogai-o nessa cisterna no meio do
deserto, mas não ponde a mão sobre ele! Tinha a intenção de tirá-lo de lá e
restituí-lo ao pai.
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