terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

JUDÁ INTERFERE

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Então Judá se aproximou e disse:
– Imploro-vos senhor, permita-me que vos diga uma palavra ao ouvido sem que a vossa ira se inflame contra este teu servo, apesar de seres tão poderoso quanto o próprio Faraó! Perguntastes: Tendes ainda pais ou irmão? E respondemos: Temos ainda nosso velho pai e na sua velhice foi-lhe concedida a graça de ser pai de um filho ainda muito jovem cujo irmão já morreu; é o único filho que lhe resta e o nosso pai o ama muito. Dissestes aos teus servos: Tragam-no para que eu o conheça. Respondemos então: Nosso pai não pode separar-se dele, a separação seria a sua morte. Replicastes então: Se não trouxerdes vosso jovem irmão, não sereis admitidos aqui. Por conseguinte, quando chegamos em casa de nosso pai, teu servo, disse: Voltai para comprar víveres, respondemos então: É impossível, só voltaremos se levarmos o nosso irmão mais moço pois caso contrário, não mais seríamos admitidos para comprar. Então meu pai, teu servo, respondeu: Sabei que minha mulher me deu unicamente dois filhos. Perdi um que deve ter sido devorado por um animal feroz. Se levardes também este e lhe acontecer alguma desgraça, a tristeza fará estes cabelos brancos descerem até o túmulo. Quando voltarmos e ele ver que o menino não está conosco, morrerá como certeza, pois que a sua vida está ligada a do menino e teus servos terão matado o próprio pai de tristeza. Garanti a meu pai a volta da criança: Se não o levar de novo, disse então, carregarei a culpa para sempre. É por esta razão que vos peço, meu senhor, imploro que aceites a minha escravidão em lugar da dele e que o menino volte com os seus irmãos. Como poderei me apresentar perante meu pai sem ele e ser testemunha da dor que o matará?

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