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Então Judá se aproximou e disse:
– Imploro-vos senhor, permita-me que vos diga uma palavra ao
ouvido sem que a vossa ira se inflame contra este teu servo, apesar de seres
tão poderoso quanto o próprio Faraó! Perguntastes: Tendes ainda pais ou irmão?
E respondemos: Temos ainda nosso velho pai e na sua velhice foi-lhe concedida a
graça de ser pai de um filho ainda muito jovem cujo irmão já morreu; é o único
filho que lhe resta e o nosso pai o ama muito. Dissestes aos teus servos:
Tragam-no para que eu o conheça. Respondemos então: Nosso pai não pode separar-se
dele, a separação seria a sua morte. Replicastes então: Se não trouxerdes vosso
jovem irmão, não sereis admitidos aqui. Por conseguinte, quando chegamos em
casa de nosso pai, teu servo, disse: Voltai para comprar víveres, respondemos
então: É impossível, só voltaremos se levarmos o nosso irmão mais moço pois
caso contrário, não mais seríamos admitidos para comprar. Então meu pai, teu
servo, respondeu: Sabei que minha mulher me deu unicamente dois filhos. Perdi um
que deve ter sido devorado por um animal feroz. Se levardes também este e lhe
acontecer alguma desgraça, a tristeza fará estes cabelos brancos descerem até o
túmulo. Quando voltarmos e ele ver que o menino não está conosco, morrerá como
certeza, pois que a sua vida está ligada a do menino e teus servos terão matado
o próprio pai de tristeza. Garanti a meu pai a volta da criança: Se não o levar
de novo, disse então, carregarei a culpa para sempre. É por esta razão que vos
peço, meu senhor, imploro que aceites a minha escravidão em lugar da dele e que
o menino volte com os seus irmãos. Como poderei me apresentar perante meu pai
sem ele e ser testemunha da dor que o matará?
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