sábado, 1 de fevereiro de 2014

JOSÉ NA CASA DE POTIFAR

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             José foi levado para o Egito e Potifar, oficial do Faraó, comandante da guarda, comprou-o dos ismaelitas. O Senhor protegia José que se tornou um dos servos preferidos de seu amo.
            Como seu senhor via que Deus o protegia e que tudo o que fazia tinha êxito em suas mãos, agraciou-o com a sua proteção e tornou-o mordomo da sua casa, confiando-lhe todos os seus bens.
            Por causa de José o Senhor abençoou a casa do egípcio e essa bênção estendeu-se a tudo o que possuía. Então, Potifar entregou tudo o que possuía e não se ocupou mais de nada a não ser do que comia.
           
A Prisão
            José era agora um belo jovem; aconteceu que a mulher de seu amo o viu e apaixonou-se por ele. Mas José recusou-se e disse: Meu amo nem sabe o que tem sua casa, confiou-me tudo o que lhe pertencia. Ninguém aqui é mais poderoso do que eu. Guardou para si unicamente sua mulher. Como poderia eu cometer tamanho crime e fazer tão má ação, pecando contra Deus?
            Vendo isso, ela foi procurar Potifar e caluniou José:
– O servo hebraico que trouxeste para cá, disse ela, – se introduziu na casa e quando gritei, fugiu.
            Ao ouvir o que dizia sua mulher, Potifar se encolerizou; fez prender José e encarcerou-o junto com os presos do rei e José ficou detido.

O Auxílio do Guarda Mor
            Mas o Senhor estava sempre ao lado de José testemunhando-lhe a sua bondade e fez com que caísse no agrado do guarda-mor. Este confiou a José todos os detidos na prisão; tudo o que lá se fazia dependia de José. O guarda-mor não vigiava os atos e os gestos de José por que o Senhor estava com ele e fazia com que tudo prosperasse nas suas mãos.

O Senhor do Mordomo
            Em seguida aconteceu que o mordomo e o padeiro do rei do Egito, ofenderam o seu senhor. O Faraó indignado os fez deter na casa do comandante da guarda, na própria prisão em que José estava detido. O comandante da guarda os entregou a José e eles ficaram por um certo tempo na prisão.
            Aconteceu que certa noite, o mordomo e o padeiro do rei tiveram, cada um, um sonho. Quando José foi procurá-los pela manhã, percebeu que estavam tristes e lhes perguntou:
– Por que parecem tão perturbados hoje?
– Tivemos um sonho, disseram, – e não há ninguém para interpretá-los.
– As interpretações vem de Deus, disse José. – Contem-me seus sonhos.
            Então o mordomo contou o seu sonho:
– Havia na minha frente, disse ele, – uma cepa de videira com três galhos. Tive a impressão de que eles brotavam, floresciam e produziam uvas maduras. Segurava a taça do Faraó. Apanhava as uvas, espremia-as sobre a taça e lhe punha a taça na mão.
– Eis o que seu sonho significa, disse-lhe José... – Os três galhos representam três dias; dentro de três dias, o Faraó mandará que te soltem: voltarás para o teu lugar e lhe porás a taça na mão como o fazias quando eras o seu mordomo. Lembra-te de mim quando receberes mercê; por bondade, intercede por mim junto ao Faraó para que me tire daqui. Fui raptado do país dos hebreus e nada fiz para merecer a prisão.
Continua...

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