sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O PLANO DA SALVAÇÃO

COMO TER A VIDA ETERNA 
Se você morresse hoje, tem certeza de que iria para o céu? Suponha que você estivesse diante de Deus, nesse momento, e Ele lhe perguntasse: ”Por que deveria deixá-lo entrar no céu, minha morada?”. O que você diria?
Vamos ver como você pode ter certeza de possuir a vida eterna, de acordo com a Bíblia.

1. O Propósito de Deus para você
A Bíblia diz em 1 João 5.13: “Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibas que tendes a vida eterna”. Este versículo mostra que o Senhor Deus quer dar a certeza da vida eterna, e isso porque o ama muito. A vida eterna é:
- Conhecer Jesus Cristo e ter Sua paz em seu coração agora mesmo (João 17.3) e viver com Jesus Cristo no céu, por toda a eternidade, depois que você morrer (João 14.1-3).
- De acordo com a Bíblia, hoje mesmo você pode ter certeza da vida eterna.

2. A sua necessidade
A Bíblia diz em Romanos 3.23: “Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. Sendo assim somos todos pecadores. Por exemplo, todos nós já sentimos ira, inveja, cobiça, mentimos, fomos egoístas, orgulhosos etc. Você reconhece que já cometeu pecados?
(Isso é assim por que o pecado começou pelos primeiros -Adão e Eva, e consequentemente passou para todos os seus descendentes)
Em Romanos 6.23, a Bíblia diz: ”Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor”. A primeira parte deste versículo mostra que todos merecemos a morte e o inferno por causa do nosso pecado. Morte significa a separação de Deus, no tempo presente e/ou no futuro.
- No presente, a morte é estar separado de Deus agora, nesta vida. É uma vida sem esperanças, sem paz e certeza da vida eterna, isto é, uma vida sem Jesus no coração. Isso resulta em um vazio e inseguro.
- No futuro, a morte é a eterna separação de Deus, no inferno, isto é, uma vida sem Cristo durante toda a eternidade. De acordo com a parte final do versículo, apesar de merecermos a morte por causa do pecado em nossa vida, o dom gratuito de Deus é a vida eterna.

3. A Providência de Deus
A Bíblia diz em Romanos 5.8 que “Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”. -Deus nos ama tanto que entregou Jesus Cristo, seu único Filho, para ser castigado, julgado e condenado à morte de cruz para pagar o preço do pecado.
A morte de Jesus foi o único sacrifício suficiente para livrar o homem da culpa do pecado. Muita gente está se apegando a qualquer coisa para chegar a Deus: moralidade, boas obras, cultos, missas e rezas a santos.
Esses esforços não tem nenhum poder para purificar o homem de seus pecados e aproximá-lo de Deus. O único meio de chegar a Deus é através de Jesus Cristo. 1 Timóteo 2.5 diz: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”.
Depois de Jesus Cristo ter morrido na cruz por nossos pecados, Ele venceu a morte, ressuscitando.
Você crê que Jesus Cristo é o único Senhor , Salvador e Mediador?

4. A sua resposta
A Bíblia diz, em Romanos 10.9-10: “Porque, se com tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo; pois é com o coração que crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”.
-Para receber Jesus, você precisa confessar que Ele é o seu único Senhor. Você precisa arrepender-se dos seus pecados, abandoná-los, dar meia volta na sua vida na sua fé e caminhar em direção a Jesus, colocando sua fé nele como seu único Senhor, Salvador e Mediador.
Isso significa que você precisa deixar de confiar em outras coisas como moralidade, boas obras, cultos, missas, rezas a santos e reencarnação e confiar somente em Jesus Cristo, como seu único Salvador.
-Você está pronto para deixar de confiar em outras coisas e entregar sua vida a Cristo agora?
A Bíblia diz, em Romanos 10.13: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Isso quer dizer que você pode aceitar a Jesus agora mesmo em sue coração, pela fé.
-Você está pronto a entregar-se a Jesus e pedir-lhe que entre em sua vida agora mesmo?
-Então faça está oração, de todo o seu coração:
“Senhor, sou um pecador. Confio em ti como meu único Senhor, Salvador e Mediador. Entrego minha vida a ti. Entra no meu coração e salva-me agora. Transforma e dirige minha vida. Amém”.
...................................

Se você creu, aceitou Jesus como o seu Senhor e Salvador e confiou a sua vida a Ele te aconselho agora que procure uma igreja evangélica aí pertinho da sua casa (podendo ser Igreja Batista, Assembléia de Deus, Cristã Evangélica, Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, Igreja da Graça, Vitória em Cristo e junte-se a sua mais nova família -a Família de Deus).
Fonte: Folheto Evangelístico - Como ter a Vida eterna da JMN - Junta de Missões Nacionais.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

SUMÁRIO

Livro I
(Clique no título para redirecionar)

A CRIAÇÃO DO MUNDO
O PARAÍSO TERRESTRE
O PARAÍSO TERRESTRE (CONTINUAÇÃO)
O PECADO ENTRA NO MUNDO
ADÃO E EVA EXPULSOS DO PARAÍSO TERRESTRE
CAIM E ABEL
O DILÚVIO
SALVOS DAS ÁGUAS
O REINÍCIO DA HUMANIDADE
A TORRE DE BABEL
ABRAÃO
ABRÃO E LÓ, UM EPISÓDIO DA VIDA NÔMADE
A ALIANÇA DE DEUS COM ABRÃO
PERTO DO CIPRESTE DE MANRE
A DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA
ABRAÃO E SEU FILHO ISAAC
REBECA NA FONTE
O ENCONTRO DE ISAAC E REBECA
ESAÚ E JACÓ – A RIVALIDADE ENTRE DOIS IRMÃOS
A VIAGEM DE JACÓ
JACÓ NA MESOPOTÂMIA
JACÓ CHEGA EM CASA DE LABÃO
O CASAMENTO DE JACÓ
JACÓ ENRIQUECE LABÃO
A FUGA DE JACÓ
A VOLTA AO PAÍS
JACÓ LUTA COM O ANJO
O ENCONTRO COM ESAÚ
A HISTÓRIA DE JOSÉ
A ESCRAVIDÃO
JOSÉ NA CASA DE POTIFAR
O ESQUECIMENTO
O TRIUNFO (CONTINUAÇÃO)
JOSÉ MINISTRO DE FARAÓ
A FELICIDADE DE JOSÉ
JUSTIÇA E PERDÃO
VOLTA À CANAÃ
A SEGUNDA VIAGEM
A TAÇA DE JOSÉ
JUDÁ INTERFERE
O PERDÃO DE JOSÉ
O PERDÃO DE JOSÉ – PARTE II
OS HEBREUS NO EGITO
JOSÉ SALVA O EGITO DA FOME
A MORTE DE JACÓ
OS FUNERAIS DE JACÓ
A MISERICÓRDIA DE JOSÉ

A SEGUIR - LIVRO 2

Livro 2
- O Nascimento de Israel
- Moisés
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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A MISERICÓRDIA DE JOSÉ

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Deus utiliza os acontecimentos mais lamentáveis para a felicidade final daqueles que o amam. No Egito, os filhos de Jacó vão se multiplicando e tornando-se um grande povo –Israel, povo de Deus.

            Agora que seu pai morrera, os irmãos de José pensaram assim:
–  Se José nos guardasse rancor, bem podia se vingar por todo o mal que lhe fizemos.
            Mandaram, pois um mensageiro que levou a seguinte notícia a José:
–  Antes de morrer teu pai nos recomendou, ainda uma vez, que te pedíssemos perdão pelo nosso crime e pelo mal que te fizemos. Essa atitude emocionou muito José.
            Seus próprios irmãos vieram prostrar-se diante dele, dizendo:
– Somos teus servos!
– Não temais, respondeu-lhes José. –Poderia pretender ser mais do que Deus? O mal que me fizestes, Deus fê-lo transformar-se em bem e assim realizou a situação presente que é a benção de todo o mundo. Portanto, não tendes nada a temer. Cuidarei da vossa subsistência e da de vossos filhos. José falou-lhes num tom afável e garantiu-lhes o futuro.
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            Foi assim que José ficou no Egito com toda a família de seu pai. Viveu bastante para ver os filhos e os netos de Efraim e Manassés. Tinha cento e dez anos quando disse aos seus irmãos: Lembrai-vos bem depois de minha morte Deus vos visitará; fará com que deixes este país e volteis para aquele que Ele prometeu dar a Abraão, Isaac e Jacó. E exigiu essa promessa dos filhos de Israel:
– Quando esse dia chegar, levai meus restos convosco.
            José morreu com idade muito avançada. Foi embalsamado e posto num sarcófago no Egito.

FIM DO LIVRO I 

OS FUNERAIS DE JACÓ

 
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            Partiu José para enterra o seu pai. Foi acompanhado de assistentes do Faraó de dignitários do palácio e do país e, bem entendido, de sua própria família; somente as crianças e os rebanhos ficaram em Gósen. Na caravana, havia também carros e cavaleiros o que a tornava muito importante. Quando chegaram na região de Atade, além do Jordão, foi feita uma lamentação solene e José ordenou que por seu pai fosse usado luto durante sete dias. Em seguida, os filhos de Jacó transportaram seu pai ao país de Canaã conforme sua última vontade e o sepultaram na gruta do campo de Macpela. José voltou para o Egito com seus irmãos e todos os que o haviam acompanhado para enterrar seu pai.

A MORTE DE JACÓ

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O Patriarca abençoou seus filhos e anunciou a supremacia da tribo de Judá. Fiel à terra prometida, pediu para nela ser enterrado.

            Jacó viveu dezessete anos no Egito e atingiu uma idade muito avançada. Quando sentiu a aproximação da morte, mandou chamar o seu filho José e lhe disse:
– Se me queres bem, mostra-me hoje o teu bem querer e a tua fidelidade. Por piedade não me enterre no Egito. Gostaria de descansar perto de meus pais. Levar-me-ás do Egito e me enterrarás no túmulo onde estão Abraão e a sua mulher Sara, Isaac e a sua mulher Rebeca e onde enterrei Lia. José respondeu:
– Farei o que pediste.
– Jura-me, insistiu Jacó. E ele jurou enquanto Jacó mantinha-se prostrado ao pé de sua cama. Jacó disse ainda:
– Logo vou morrer! Mas Deus não te abandonará e Ele te levará de novo para o país de teus pais. Em seguida Jacó chamou seus doze filhos e disse:
– Juntai-vos a fim de que vos diga o que vai acontecer em seguida. Juntai-vos e escutai filhos de Jacó, ouvi as palavras de Israel vosso pai!
            E Jacó, chamado de Israel, anunciou que as doze tribos de Israel descenderiam de seus doze filhos. Separadamente falou a cada um deles. Rúben, Simeão, Levi, Judá, Zebulom, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, José e Benjamin. Predisse que a tribo de Judá seria reconhecida por todas as outras como superior e abençoou cada um dos seus filhos. Assim, Jacó morreu.
            Então José atirou-se sobre o rosto de seu pai, cobrindo-o de lágrimas e beijos e ordenou aos seus médicos que embalsamassem o corpo de Jacó. Os médicos embalsamaram Israel e os egípcios permaneceram enlutados durante setenta dias. Acabando o luto, José falou assim aos familiares do Faraó: Se tendes amizade por mim, levai aos ouvidos do Faraó que meu pai me fez jurar que o enterraria no túmulo que fez cavar na terra de Canaã. Pedi ao Faraó que me permita que enterre meu pai e em seguida voltarei.

            O Faraó respondeu: – Vai enterrar teu pai conforme a tua vontade.

JOSÉ SALVA O EGITO DA FOME

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A fome tornara-se por toda parte muito severa. O Egito e a terra de Canaã estavam sujeitos à fome. José juntou o dinheiro dos dois países em troca de grão que, comprado com esse dinheiro, enriqueceu o tesouro do Faraó.
            Quando o dinheiro acabou, no Egito e em Canaã, os egípcios vieram a José dizendo:
– Dá-nos pão! Será preciso morrer de fome sob os teus olhos por que o dinheiro acabou?  José respondeu:
–Entregai os vossos rebanhos e eu vos darei pão em troca. Trouxeram seus rebanhos e José lhes deu pão em troca dos cavalos, dos rebanhos grandes e pequenos. Nesse ano, alimentou-os de pão em troca de rebanhos.
            Mas, no ano seguinte, voltaram a procurá-lo:
– Meu senhor não o ignora, disseram eles, – não há mais dinheiro nem rebanhos. Só temos os nossos corpos e as nossas terras. Será preciso que morramos sob os teus olhos? Apodera-te de nós e de nossas terras, em troca de pão, a fim de que possamos sobreviver e que as nossas terras não fiquem ao léu.
            Foi assim que José conquistou para Faraó todas as terras do Egito. Cada egípcio vendeu seu campo, tamanha era a fome que reinava em todo o país; todo o país tornou-se propriedade pessoal do Faraó e teve que submeter-se à servilidade de uma extremidade à outra. Só os sacerdotes por que o Faraó lhes havia dado uma renda da qual viviam; por isso, não precisavam vender as suas terra.
            Então José mandou editar a seguinte proclamação:
– Comprei-os, vós e vossas terras, para o Faraó. Vou fornecer sementes, mas no tempo da colheita, dareis a quita parte ao faraó; guardareis o resto para a reprodução e para vosso alimento.
            O povo respondeu:
– Salvaste-nos a vida; possamos encontrar mercê aos olhos do nosso senhor e seremos os escravos do Faraó.

OS HEBREUS NO EGITO

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            Partiram pois do Egito e chegaram em Canaã, terra de Jacó. Contaram-lhe tudo que havia acontecido:
– José vive ainda, disseram eles. Jacó, no princípio se emocionou, pois não podia acreditar no que ouvia. Mas quando lhe repetiram as palavras de José e viu os carrinhos que iriam levá-los, então seu espírito se reanimou. Disse ele:
– Basta-me que meu filho José esteja vivo. Irei vê-lo antes de morrer.

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A partida de Jacó e sua tribo
             Jacó partiu então com tudo o que possuía; ao chegar em Berseba, ofereceu sacrifícios ao Deus de seu pai Isaac. À noite Deus lhe disse em sonho:
– Jacó! Jacó!
–Aqui estou, respondeu Jacó. Deus disse:
– Sou o Deus de teu pai, não hesites em descer para o Egito, pois lá constituirei tua descendência e transformá-la-ei em um grande povo. Acompanhar-te-ei para o Egito e de lá te trarei e José te fechará os olhos.
            Em vista disso Jacó partiu de Berseba. Seus filhos fizeram com que o pai, as crianças e as mulheres subissem nos carrinhos que o Faraó havia mandado. Levaram os rebanhos e os bens obtidos em Canaã. Foi assim que Jacó e todos os seus se estabeleceram no Egito; seus filhos e netos foram com ele para o Egito.
            Quando atingiram o país de Gósen, José mandou que atrelassem o seu carro e foi ao encontro de Jacó. Ao encontrá-lo, atirou-se no seu pescoço e chorou longamente, conservando-o abraçado. Jacó disse a José:
– Posso morrer agora que sei que vi o teu rosto e sei que vives.
            José chamou cinco de seus irmãos e os apresentou ao Faraó. O faraó perguntou-lhes então:
– Quais são vossas ocupações?
–Somos pastores, responderam. – Dada a fome que sevicia Canaã, rogamos que nos permita ficar na região de Gósen.
            O Faraó voltou-se para José e disse:
– Teu pai e teus irmãos vieram para junto de ti. Pois bem, todo o Egito está a disposição deles; que se instalem na região mais favorável de Gósen. Se em algum deles achares uma qualidade especial, nomeia-o dirigente de meus rebanhos.
            Então José foi buscar seu pai Jacó e apresentou-o ao Faraó e Jacó abençoou o Faraó.
José instalou seu pai e seus irmãos, com autorização do Faraó, na região de Ramessés, que é a melhor do país e José providenciou para que seu pai, seus irmãos e toda a casa de seu pai, conforme a importância das famílias, tivessem pão. 

O PERDÃO DE JOSÉ – PARTE II

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            Soube-se logo no palácio do Faraó que os irmãos de José tinham estado ali. A notícia agradou ao Faraó e aos seus servos. O Faraó disse a José:
– Dá estas instruções aos teus irmãos: carreguem seus animais e voltem logo para Canaã. Tragam seus familiares; lhes darei a melhor terra do Egito e aproveitarão os recursos do país. Dá-lhes também esta ordem: levem daqui carrinhos para o transportes das crianças e das mulheres, tragam vosso pai e voltem. Não tragam os seus bens, pois terão aqui no Egito o que há de melhor.
            José, pois mandou por carrinhos à disposição de seus irmãos e providenciou víveres para a viagem. A cada um presenteou com roupas para a volta, mas a Benjamin deu trezentas moedas de prata e cinco roupas. Mandou para seu pai seis jumentos carregados com os melhores produtos do Egito e dez mulas carregadas de trigo, pão e apetrechos para a viagem. Em seguida disse adeus aos irmãos fazendo as seguintes recomendações:
– Que tudo corra bem no caminho!

O PERDÃO DE JOSÉ

             
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            Ouvindo isso, José não pode conter a sua emoção e exclamou:
– Fazei todos se retirarem. Os egípcios se retiraram e José deu-se a conhecer aos irmãos. Mas os seus lamentos eram tão fortes, que os egípcios e os servos de faraó o ouviram.
            José disse aos seus ir:
– Sou José! Meu pai vive ainda? A surpresa era tamanha que os irmãos de José não puderam responder. José lhes disse então:
– Aproximai-vos, por favor. Eles se aproximaram e então José prossegui:
– Sou José, o irmão que vendestes no Egito. Agora, não lamenteis o que fizestes nem vos arrependei de me haver vendido para aqui, pois é para vos salvar a vida que Deus me mandou para este país. Faz agora dois anos que a fome impera e ainda passarão cinco anos sem que haja plantação e nem colheita. Deus me mandou para cá para vos salvar a vida e preservar a raça. Na verdade, foi Deus e não vós quem me mandou para aqui. Foi Ele que me tornou conselheiro de Faraó, senhor de sua casa e governador do país do Egito. Voltai depressa para a casa do meu pai e dizei: Teu filho manda-te dizer: Deus tornou-me o senhor de todo o Egito. Vem junto a mim sem demora. Tu te instalarás no país de Gósen; ficarás perto de mim, com teus filhos e teus netos, teu gado pequeno e grande e tudo o que te pertence. Lá, providenciarei para a tua subsistência, pois que a fome ainda vai durar cinco anos e durante este tempo passareis privações. Vede agora com vossos próprios olhos. E meu irmão Benjamin também o vê, que sou eu que estou falando. Descrevei ao meu pai a minha gloria no Egito, tudo o que viste e trazei-o depressa.
            Findo isto, apertou seu irmão Benjamin entre os braços; chorou e Benjamin também. Depois abraçou seus irmãos um a um e juntos se entretiveram.
Continua...

JUDÁ INTERFERE

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Então Judá se aproximou e disse:
– Imploro-vos senhor, permita-me que vos diga uma palavra ao ouvido sem que a vossa ira se inflame contra este teu servo, apesar de seres tão poderoso quanto o próprio Faraó! Perguntastes: Tendes ainda pais ou irmão? E respondemos: Temos ainda nosso velho pai e na sua velhice foi-lhe concedida a graça de ser pai de um filho ainda muito jovem cujo irmão já morreu; é o único filho que lhe resta e o nosso pai o ama muito. Dissestes aos teus servos: Tragam-no para que eu o conheça. Respondemos então: Nosso pai não pode separar-se dele, a separação seria a sua morte. Replicastes então: Se não trouxerdes vosso jovem irmão, não sereis admitidos aqui. Por conseguinte, quando chegamos em casa de nosso pai, teu servo, disse: Voltai para comprar víveres, respondemos então: É impossível, só voltaremos se levarmos o nosso irmão mais moço pois caso contrário, não mais seríamos admitidos para comprar. Então meu pai, teu servo, respondeu: Sabei que minha mulher me deu unicamente dois filhos. Perdi um que deve ter sido devorado por um animal feroz. Se levardes também este e lhe acontecer alguma desgraça, a tristeza fará estes cabelos brancos descerem até o túmulo. Quando voltarmos e ele ver que o menino não está conosco, morrerá como certeza, pois que a sua vida está ligada a do menino e teus servos terão matado o próprio pai de tristeza. Garanti a meu pai a volta da criança: Se não o levar de novo, disse então, carregarei a culpa para sempre. É por esta razão que vos peço, meu senhor, imploro que aceites a minha escravidão em lugar da dele e que o menino volte com os seus irmãos. Como poderei me apresentar perante meu pai sem ele e ser testemunha da dor que o matará?

A TAÇA DE JOSÉ

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É a última provação. Mostra que o amor fraternal não desapareceu, pois que Judá ofereceu-se para ficar como escravo em lugar de Benjamin.

            José deu então ao seu assistente as seguintes ordens:
– Enche os sacos dessa gente de tantos víveres quanto possam levar e põe o dinheiro de cada um no topo do saco. Minha taça, a de prata, pô-la-á no saco do mais moço, junto com o dinheiro dos víveres. O assistente seguiu as instruções recebidas ao pé da letra.
            Logo ao amanhecer do dia seguinte, o pequeno grupo se despediu. Acabava de deixar a cidade, quando José disse ao seu assistente...
– Depressa, corre atrás dessa gente, quando os alcançares, dize: Por que retribuíram o mal pelo bem? Não pegaram a taça de prata do meu amo por meio do qual ele bebe e faz as suas adivinhações? Essa ação é muito feia.
            O assistente correu e os alcançou, repetindo as palavras de seu amo. Mas eles responderam:
– Como podes falar assim? Deus evita que teus servos faça semelhante coisa: Trouxemos de Canaã o dinheiro que encontramos em nossos sacos. Por conseguinte, por que haveríamos de roubar prata ou ouro na casa de teu amo. Se tal objeto for encontrado com qualquer de nós, que morra e que os outros se tornem escravos de teu amo!
            O assistente disse:
– Como quiseres! Aquele que tiver o objeto roubado tornar-se-á meu escravo, quanto aos outros, ficarão livres!
            Imediatamente, os sacos foram postos no chão e revistados. O assistente começou a busca pelo mais velho e acabando com o mais moço. A taça foi encontrada no saco de Benjamin.
            De tanta mágoa, os irmãos de José rasgaram suas vestes e recarregando as mulas, voltaram para a cidade. Quando chegaram ao palácio de José, ele ainda estava lá, atiraram-se aos seus pés. José perguntou-lhes:
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– Que fizestes? Não sabias que um homem como eu adivinha essas coisas?
– Senhor, não sabemos o que dizer –respondeu Judá –como nos justificar. Deus descobriu a iniqüidade de teus servos. Seremos, pois teus escravos, todos nós, bem como aquele com quem foi encontrada a taça.
– Deus me livre de exigir tal coisa, disse José, –o homem que roubou a taça será meu escravo, os outros poderão seguir em paz para a casa de seus pais.
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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A SEGUNDA VIAGEM

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O acolhimento demasiadamente afável inspirou temor entre os irmãos de José

            Levaram, pois os presentes e o dobro do dinheiro e partiram para o Egito em companhia de Benjamin. Assim que chegaram foram introduzidos onde estava José. Quando José viu que haviam trazido Benjamin, disse ao seu assistente:
– Conduze essas pessoas para minha casa, abate uma rês, pois pretendo retê-los para almoçarem.
            Os irmãos, entre eles diziam:
– É por causa do dinheiro esquecido nos sacos que nos trouxeram aqui. Vão nos prender, nos obrigar à escravidão e confiscar os nossos animais. Na estrada da casa abordaram o assistente de José para uma explicação:
– Senhor, disseram eles, –foi unicamente para comprar víveres que viemos na última vez. Ao voltar encontramos o dinheiro em nossos sacos. Trouxemos soma igual e mais a que foi deixada em nossos sacos, para comprarmos outros víveres. Não sabemos que repôs o dinheiro em nossos sacos. O assistente afirmou:
– Não vos inquieteis, disse ele, –e não tenhais temor! É o vosso Deus, Deus de vosso pai, que repõe o dinheiro nos sacos. Bem que recebi o vosso dinheiro.
            Simeão foi libertado, juntou-se a eles e todos se foram introduzidos na casa de José. Prepararam os presentes e quando José chegou, ofertaram-lhe os mimos que haviam trazidos, pois sabiam que iam almoçar com ele.
            Assim que José chegou, recebeu as oferendas dos irmãos que se prostraram ao solo. Inquiriu da saúde de todos e perguntou:
– Como está o ancião vosso pai? Vive ainda? 
– Nosso pai, teu servo está ainda com vida e tem boa saúde, responderam inclinando-se respeitosamente.
            José lançou um olhar para Benjamin, filho de sua mãe e perguntou:
– É ele o irmão mais moço de que me falastes? Depois, dirigindo-se a ele, disse:
– Que Deus tenha misericórdia de ti, meu filho.
            Saiu precipitadamente, pois que a visão do irmão o havia emocionado até as lágrimas. Depois, lavou o rosto e retomando a sua calma, voltou e mandou que servissem a refeição.

           
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Serviram-no só, os irmãos à parte, e, separadamente os egípcios que comiam em casa dele, pois que os egípcios não podiam comer na mesma mesa que os hebreus; isso seria contrário aos hábitos. Os irmãos estavam colocados na frente de José em ordem de idade, desde o mais velho até o mais moço e trocavam olhares interrogadores. José fez com que lhes levasse porções do que comia; a porção de Benjamin era cinco vezes mais generosa do que a dos outros, no fim, voltou-lhes a serenidade e beberam e comeram com ele.

VOLTA À CANAÃ

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Quando perceberam a devolução do dinheiro, os irmãos de José ficaram angustiados; se voltassem para o Egito, seriam tratados como ladrões e Simeão só seria libertado se eles voltassem.
  
            Carregaram os grãos no dorso dos seus animais e puseram-se em caminho. Mas ao anoitecer, quando um deles abriu o seu saco para dar alimento ao animai, viu seu dinheiro em cima do saco. Disse então aos seus irmãos:
– Eis que alguém repôs o dinheiro no saco. Apavorados, interrogaram-se mutuamente:
– Que nos fez Deus?
Ao encontrarem seu pai em casa, em Canaã contaram-lhe o que havia acontecido:
– O governador do país, disseram eles, –falou-nos rudemente e disse que éramos espiões. Protestamos, atestando nossa boa fé e dizendo que éramos doze irmãos, sendo que o mais velho havia morrido e o mais moço estava com o nosso pai, no país de Canaã. Eis como vou me certificar da vossa sinceridade –disse ele: Um de vós ficará aqui, os outros partirão levando consigo os grãos necessários para a manutenção das famílias; depois, trareis o irmão mais moço. Ficarei sabendo então que não sois espiões, mas homens de bem. Devolverei o vosso irmão e podereis comerciar neste país.
            Mas eis que ao esvaziarem seus sacos, cada qual encontrou o eu dinheiro. Este fato inexplicável encheu-os de terror.
            Desolado, Jacó falou assim:
– Vós me tirastes meus filhos. José desapareceu, Simeão também, e agora querem me levar Benjamin; isto tudo me transtorna! Rúben respondeu ao seu pai:
– Fica com meus dois filhos como garantia; poderão ser mortos se eu não trouxer novamente Benjamin; confie-mo e eu to trarei de volta.
            Mas Jacó continuou recusando:
– Ele não irá convosco! Vosso irmão José morreu e ele é o único filho de Raquel que tenho. Se lhe ocorresse alguma desgraça no caminho a tristeza que teria com isso me levaria ao túmulo.
            Entrementes, a fome continuava e quando não restava mais um grão sequer, dos que haviam sido trazidos do Egito Jacó disse a seus filhos:
– Devereis voltar para lá e nos trazer alguns viveres. Judá lembrou-lhe:
– Só poderemos ir se aceitares que levemos o nosso irmão, pois que aquele homem nos disse: Só serão admitidos na minha presença se trouxerdes o vosso irmão.
            Que ideia exclamou Jacó terem dito a esse homem que tínheis um irmão! Que golpe para mim!
            É por que –explicaram eles –esse homem nos fez uma porção de perguntas acerca da nossa família: Tendes ainda vosso pai? Não tendes outro irmão? Respondemos sem imaginar que ele ia pedir para o levarmos.
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            Finalmente Judá disse ao seu pai Jacó: Deixa o menino ir comigo, já é tempo de partirmos se não quisermos morrer de fome nós, tu e nossos filhos. Responsabilizo-me por ele e podeis pedir que te preste contas. Se não o trouxer de novo levarei a culpa para sempre. Se não tivéssemos esperado tanto, já poderíamos ter voltado da nossa segunda viagem ao Egito.

            Jacó acabou por consentir: Já que é preciso –disse ele –fazei o seguinte: levai os melhores produtos do país para presenteá-los a esse homem; levai bálsamo, mel, especiarias, mirra, pistácias e amêndoas. Levai o dobro do dinheiro, assim podereis restituir aquele que encontraram em vossos sacos. Pode bem ser que houve descaso. Levai, pois vosso irmão e voltai a ver esse homem. Que Deus Todo-Poderoso vos faça encontrar misericórdia junto a ele e que ele permita a volta de Benjamin e de vossos outro irmão Simeão. Pois se devo sofrer por meus filhos, este é um dos sofrimentos mais amargos!

JUSTIÇA E PERDÃO

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Jacó manda os seus filhos para o Egito
José impõe aos irmãos, a primeira provação: tratados como espiões, são obrigados a deixar Simeão como refém.

            Jacó, sabedor de que havia trigo no Egito, disse aos seus filhos:
– Por que ficais olhando um para o outro? Ouvi dizer que havia grão no Egito. Ide comprá-lo para que fiquemos vivos e não morramos de fome. Os dez irmãos de José partiram, pois para comprar grão no Egito. Benjamin, o mais moço não acompanhou, pois dizia Jacó que poderia acontecer-lhe uma desgraça. Foi dessa forma que os filhos de Jacó se juntaram à multidão que ia para o Egito comprar grão pois a fome, impiedosa, reinava também na região de Canaã.
            José era então governador e vendia grão a todo o mundo. Os irmãos de José se apresentaram por sua vez, e se prostraram diante dele.
            Assim que José viu seus irmãos, os reconheceu; contudo, fez semblante de não os reconhecerem e perguntou friamente:
– De onde vinde?
–Do país de Canaã, responderam, –para comprarmos víveres.
Eles não o tinha reconhecido, mas ele se lembrava dos sonhos que tivera a respeito deles. Retrucou pois:
– Sois espiões! Viestes aqui para descobrir os segredos do país!
– Não senhor, responderam eles, –teus servos vieram aqui para comprar mantimentos. Sinceramente, teus servos não são espiões.
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            José, contudo insistiu:
– Não! Viestes para descobrir os segredos do país.
– Somos doze irmãos, retrucaram, –todos filhos de um mesmo homem no país de Canaã. O mais moço ficou em casa de nosso pai. Um, já não existe mais.
            José repetiu ainda:
– Mantenho o que disse: sois espiões. Por-vos-eis à prova. Tão certo quanto o Faraó está vivo, não saireis daqui sem que tenhais trazido o irmão mais novo. Que um de vós vá buscá-lo; os outros ficarão prisioneiros. Veremos então se dizeis a verdade. Senão, pela vida do Faraó, não podereis negar que sois espiões.
            Durante três dias, todos ficaram presos. No terceiro dia José lhes disse:
– Ofereço-vos um meio de perdão, pois sou um homem que teme Deus. Se realmente sois sinceros um de vós ficará aqui, detido, os outros levarão o trigo necessário. Para o sustento de vossas famílias. Mas tereis de voltar com o irmão mais moço; poderei assim confirmar os vossos ditos, e tereis salva a vida.
            Aceitaram e comentaram entre si:
– Eis a explicação do crime que cometemos com o nosso irmão José; vimos seu desespero quando nos implorava piedade e não quisemos ouvi-lo. Eis por que somos amaldiçoados.
            Rúben então replicou:
– Não vos havia dito para não ferirem o menino? Não quisestes me ouvir e agora é o sangue que clama.

            Não percebiam que José os entendia, pois que ele lhes falava por intermédio de um intérprete. José retirou-se então para esconder as suas lágrimas e em seguida voltou para lhes falar; reteve Simeão e o algemou na presença deles. Depois, José ordenou que lhe enchessem os sacos com grãos, restituindo o dinheiro de cada um e que lhes dessem mantimentos para a viagem. Foi assim que José os tratou.
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sábado, 1 de fevereiro de 2014

A FELICIDADE DE JOSÉ

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            José tinha 30 anos quando foi apresentado ao Faraó, soberano do Egito. Despediu-se do Faraó e percorreu todo o país. Durante os sete anos de abundância, a terra produziu em grande quantidade e ele poupou provisões que distribuiu nas cidades, deixando em cada uma, os víveres produzidos nas circunvizinhanças. José armazenou tanto trigo que, como os grãos de areia do mar, foi impossível contar.
            Azenate, filha de Potifera, sacerdote de Om, deu a José, dois filhos que nasceram antes do período de fome. José deu ao filho mais velho o nome de Manassés. Pois disse ele: Deus fez com que esquecesse todos os meus sofrimentos e a família de meu pai. Ao segundo, deu o nome de Efraim, pois que Deus me tornou fecundo no país de minha desgraça.
            Nesse ínterim, os sete anos de abundância acabaram e em seguida vieram os sete anos de fome, como José havia predito. A fome reinava em todos os países, mas no Egito havia pão. Chegou o momento da fome reinar no Egito e o povo, em grandes brados, reclamava pão. O faraó respondeu aos egípcios: Procurai José e fazei o que ele vos disser. José então abriu os celeiros e vendeu víveres aos egípcios. A fome era tremenda no Egito, mas era tão terrível nos outros países, que de toda parte vinham comprar grãos de José.

JOSÉ MINISTRO DE FARAÓ

 
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O Faraó disse ainda a José:
–  Já que Deus te revelou tudo isso, ninguém poderia ser mais sábio e ajuizado do que tu. Irás tomar a direção de minha casa e todo o meu povo serás governador conforme as tuas instruções. Só serei mais do que tu, na dignidade real.
            O Faraó acrescentou: Vê, coloquei-te à testa de todo o Egito. Nisto, tirou de seu dedo o anel de sinete, colocou-o no dedo de José, fê-lo vestir fatos de puro linho e pôs-lhe no pescoço uma corrente de ouro. Fê-lo subir no mais belo carro depois do seu e na sua passagem clamava: Inclinai-vos! Dessa forma José passou a ter completa autoridade no Egito.

            Depois Faraó impôs a José o nome egípcio de Zafenate-Panéia e deu-lhe por esposa a jovem Azenate, filha de Pofífera, sacerdote de Om.

O TRIUNFO (CONTINUAÇÃO)

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José respondeu ao Faraó:
– Eu mesmo não tenho esse poder, mas Deus responderá ao Faraó.
            O Faraó então começou a explicar os seus dois sonhos:
– Estava às margens do Nilo quando subiram do rio sete vacas gordas que começaram a pastar no canavial, depois, sete vagas magras e descarnadas, feias como jamais vi, devoraram as outras setes vagas gordas e ficaram com a mesma aparência que no princípio. Então, acordei. No outro sonho, vi sete bonitas e pesadas espigas, juntas, na mesma haste que outras sete mirradas e crestadas pelo vento do oriente. As espigas mirradas devoraram as outras viçosas. Contei esses sonhos aos adivinhos, mas eles não souberam mos explicar.
            José disse ao Faraó:
– Os dois sonhos do Faraó tem apenas um sentido. Deus anuncia ao Faraó o que ele está pronto para cumprir. As sete vacas gordas e as sete espigas cheias e viçosas representam sete anos, o sentido é o mesmo. As sete vacas magras e as sete espigas mirradas e ressecadas significam que haverá sete anos de fome.
– Eis o sentido, Deus revela ao Faraó o que vai fazer. Em todo o país do Egito, haverá sete anos de grande abundância, depois, virão sete anos de fome. Não se saberá mais no Egito o que é abundância, e a fome esgotará o país. Ninguém mais se lembrará da abundância, tal será a fome reinante por todo o país. E se o sonho se repetiu é que o fato está bem decidido e que Deus vai realizá-lo dentro em breve.
            Então, que o Faraó procure um home sábio e ajuizado e o nomeie governador do Egito. É preciso também que ele institua funcionários para impor no país um regime nacional durante os sete anos de abundância. Em nome do Faraó, armazenarão os víveres durante os anos de abundância, pouparão o trigo e o guardarão nas vilas. Esses víveres ficaram como reserva para sete anos de fome que seguirão, de forma que o país não sucumba de fome.
            Esse projeto foi aprovado pelo Faraó e por seus ministros e o Faraó lhes disse: Poderemos encontrar um homem que valha este, em quem há o espírito de Deus?


O ESQUECIMENTO

 
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          Vendo que a interpretação havia sido favorável, o padeiro disse por sua vez:
– Eis o meu sonho: levava sobre a cabeça três cestos de pão branco; no cesto superior havia uma porção de confeitos para o Faraó, mas os pássaros os comiam no próprio cesto.
            José lhe respondeu:
– Eis a interpretação do teu sonho: Os três cestos representam três dias, o Faraó te fará enforcar e os pássaros comerão a tua carne.
            Com efeito, no terceiro dia, data de seu aniversário, o Faraó deu uma festa par todos os servos. Mandou buscar o mordomo e o padeiro, reabilitou o primeiro no seu emprego e este lhe pôs a taça na mão, quanto ao segundo, fê-lo enforcar conforme José havia dito. Todavia, o mordomo não se lembrou de José e esqueceu-o.

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TRIUNFO
Os Sonhos do Faraó 
            Dois anos depois, o Faraó, por sua vez, teve um sonho. Nas margens do Nilo, viu sete vacas gordas e bonitas que pastavam no canavial. Nisto, outras sete vacas muito magras, subiram o Nilo e se misturaram às outras. Finalmente, as vacas magras devoraram as gordas. Nesse momento, o Faraó acordou.
            Ao dormir de novo, teve um segundo sonho. Uma mesma haste levava sete espigas cheias e viçosas; mas sete outras espigas mirradas e crestadas pelo vento do oriente cresceram perto delas e devoraram as sete espigas cheias e viçosas. Então o Faraó acordou e soube que havia sonhado.
            Pela manhã, perplexo e inquieto, mandou chamar todos os magos e todos os sábios do lugar e contou-lhes seus sonhos; mas ninguém soube interpretá-los.
            Foi quando o mordomo disse ao Faraó: Lembro-me agora que cometi um erro. O Faraó, irritado contra os seus servos nos havia mandado, eu e o padeiro real para a prisão em casa do comandante da guarda. Na mesma noite, ambos tivemos um sonho. Havia conosco na prisão um jovem hebreu, servo do comandante da guarda. Contamos os nossos sonhos e ele os interpretou. Tudo aconteceu como ele havia predito, voltei a ocupar o meu lugar e o padeiro real foi enforcado.
            O Faraó então mandou vir José e o trouxeram a toda pressa. Barbeou-se e trocou as vestes antes de se apresentar ao Faraó. Este, ao vê-lo disse: Tive um sonho e ninguém é capaz de interpretá-lo. Mas ouvi dizer que tu compreendias os sonhos e sabias o que significavam.
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Continua...

JOSÉ NA CASA DE POTIFAR

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             José foi levado para o Egito e Potifar, oficial do Faraó, comandante da guarda, comprou-o dos ismaelitas. O Senhor protegia José que se tornou um dos servos preferidos de seu amo.
            Como seu senhor via que Deus o protegia e que tudo o que fazia tinha êxito em suas mãos, agraciou-o com a sua proteção e tornou-o mordomo da sua casa, confiando-lhe todos os seus bens.
            Por causa de José o Senhor abençoou a casa do egípcio e essa bênção estendeu-se a tudo o que possuía. Então, Potifar entregou tudo o que possuía e não se ocupou mais de nada a não ser do que comia.
           
A Prisão
            José era agora um belo jovem; aconteceu que a mulher de seu amo o viu e apaixonou-se por ele. Mas José recusou-se e disse: Meu amo nem sabe o que tem sua casa, confiou-me tudo o que lhe pertencia. Ninguém aqui é mais poderoso do que eu. Guardou para si unicamente sua mulher. Como poderia eu cometer tamanho crime e fazer tão má ação, pecando contra Deus?
            Vendo isso, ela foi procurar Potifar e caluniou José:
– O servo hebraico que trouxeste para cá, disse ela, – se introduziu na casa e quando gritei, fugiu.
            Ao ouvir o que dizia sua mulher, Potifar se encolerizou; fez prender José e encarcerou-o junto com os presos do rei e José ficou detido.

O Auxílio do Guarda Mor
            Mas o Senhor estava sempre ao lado de José testemunhando-lhe a sua bondade e fez com que caísse no agrado do guarda-mor. Este confiou a José todos os detidos na prisão; tudo o que lá se fazia dependia de José. O guarda-mor não vigiava os atos e os gestos de José por que o Senhor estava com ele e fazia com que tudo prosperasse nas suas mãos.

O Senhor do Mordomo
            Em seguida aconteceu que o mordomo e o padeiro do rei do Egito, ofenderam o seu senhor. O Faraó indignado os fez deter na casa do comandante da guarda, na própria prisão em que José estava detido. O comandante da guarda os entregou a José e eles ficaram por um certo tempo na prisão.
            Aconteceu que certa noite, o mordomo e o padeiro do rei tiveram, cada um, um sonho. Quando José foi procurá-los pela manhã, percebeu que estavam tristes e lhes perguntou:
– Por que parecem tão perturbados hoje?
– Tivemos um sonho, disseram, – e não há ninguém para interpretá-los.
– As interpretações vem de Deus, disse José. – Contem-me seus sonhos.
            Então o mordomo contou o seu sonho:
– Havia na minha frente, disse ele, – uma cepa de videira com três galhos. Tive a impressão de que eles brotavam, floresciam e produziam uvas maduras. Segurava a taça do Faraó. Apanhava as uvas, espremia-as sobre a taça e lhe punha a taça na mão.
– Eis o que seu sonho significa, disse-lhe José... – Os três galhos representam três dias; dentro de três dias, o Faraó mandará que te soltem: voltarás para o teu lugar e lhe porás a taça na mão como o fazias quando eras o seu mordomo. Lembra-te de mim quando receberes mercê; por bondade, intercede por mim junto ao Faraó para que me tire daqui. Fui raptado do país dos hebreus e nada fiz para merecer a prisão.
Continua...

A ESCRAVIDÃO

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Assim que José se aproximou de seus irmãos, tiraram-lhe a bonita túnica e o desceram na cisterna, então vazia e ressecada. Depois, se acomodaram para comer. Ao erguerem os olhos viram uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade e que trazia camelos carregados de essências. Bálsamo, e mirra para vender no Egito.
            Judá disse então aos seus irmãos:
– Por que matar o nosso irmão e dissimular o crime? Vendamo-lo aos ismaelitas ao invés de ferir o nosso irmão e nossa própria carne. Com a aquiescência dos irmãos, retiraram José da cisterna, venderam-no aos ismaelitas por vinte dinheiros de prata.
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            Quando Rúben, que não havia assistido à transação, voltou para perto da cisterna, não encontrou José. De dor, rasgou as suas vestes e voltando para junto de seus irmãos lhes disse:
– O menino não mais está lá! Que farei agora? Tomando a túnica de José, embeberam no sangue de um cabrito que haviam matado e a levaram ao pai dizendo:
– Eis o que encontramos. Não será a túnica de teu filho? Jacó reconhecendo, exclamou:
– É a sua túnica; um animal feroz o devorou. José foi despedaçado!
            Jacó rasgou as suas vestes, vestiu-se com um saco e por muito tempo usou luto pelo seu filho. Seus filhos e suas filhas vieram consolá-lo, mas Jacó recusava toda consolação e disse:
– Usarei o luto por meu filho até descer à sepultura. Foi assim que seu pai o lamentou.
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A HISTÓRIA DE JOSÉ

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José é o justo perseguido que Deus não abandona. Acontecimentos providenciais fazem reconhecer a sua inocência. No século XVII, antes de Jesus Cristo tornou-se ministro todo-poderoso de um rei do Egito. Sabe perdoar e prepara a mercê dos seus.

As Provações
            Jacó estava agora instalado na terra de Canaã, onde seu pai vivera como um estrangeiro. Seu filho José, de dezessete anos de idade, juntamente com seus irmãos, apascentava os pequenos animais e contava ao pai os murmúrios pouco lisonjeiros que circulavam a respeito deles. Jacó preferia José aos outros filhos, pois que ele era o filho da sua velhice e lhe havia dado uma túnica de diversas cores.
            Quando os irmãos perceberam que José era o preferido, ficaram enciumados e começaram a odiá-lo não lhe dirigindo uma palavra sequer. José teve um sonho que contou aos irmãos e que aumentou ainda mais o ódio que tinham contra ele.
            Ouçam –disse ele –o sonho que tive. Estávamos todos num campo plantado e fazíamos feixes. Eis que o meu feixe se ergueu e os seus se prostraram diante dele.
            Eles então responderam: Será que tens a pretensão de reinar sobre nós como um rei e nos dominar como um superior? Mais ainda o odiaram, por seu sonho e suas palavras.
            José teve um outro sonho e contou-o também.
            Sonhei, –disse ele, que o sol, a lua e onze estrelas, se prostravam diante de mim... Falou desse sonho ao seu pai, mas este o repreendeu dizendo: Que queres dizer com teu sonho? Será que acreditas que eu, tua mãe e teus irmãos vamos prostrar-nos na tua frente?

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Os Ciúmes dos Irmãos de José
            Seus irmãos lhe tinham ciúmes e o pai, intimamente, pensava nele. Um dia que seus irmãos haviam levado miúdo para apascentar em Siquém, Jacó disse a José: Teus irmãos estão nos pastos em Siquém. Vem, mandar-te-ei junto a eles.
            Eis-me, respondeu José.
            Vai ver –disse Jacó –se tudo está bem com os teus irmãos e o rebanho e traze-me notícias. Um homem encontrou-o vagando pelo campo e lhe perguntou:
– O que procuras?
– Procuro meus irmãos, disse ele. Podes-me dizer onde apascentam o rebanho?
–Saíram daqui, disse o homem, –e ouvi que diziam: Vamos para Dotã.
            Então José recomeçou a andar e com efeito encontrou seus irmãos em Dotã. Já o haviam avistado e antes que ele os alcançasse conspiraram para matá-lo. Entre eles diziam:
–Eis o homem dos sonhos. Este é o momento: vamos matá-lo e jogá-lo na cisterna. Diremos que um animal selvagem o devorou. Veremos então o que queriam dizer seus sonhos. Só Rúben tentou salvá-lo.
–Não o matemos! disse ele.
–Não derramais sangue! Jogai-o nessa cisterna no meio do deserto, mas não ponde a mão sobre ele! Tinha a intenção de tirá-lo de lá e restituí-lo ao pai.